domingo, 25 de julho de 2010

Cosplay – um dandy em Rio Preto/O escritor empresta a voz à escritora



Esta postagem é para aqueles que realmente leram a primeira, de 12/02/2009. Não fará sentido para quem não leu.

A dona deste blog não é a dona da voz de todos os textos depois dessa postagem inicial. Ela administra o blog, monitora-o e faz, a mim, Daniel Rodrigues, a gentileza imensa de selecionar jogos de RPG em que atuei e a respeito deles compus críticas e reflexões, narrando principalmente a história minha, não a de minhas personagens, e as publicar, escolhendo imagens que melhor ilustrem o que está sendo narrado. Todo o projeto deste romance-blog-teoria está explicado em postagens anteriores a esta, sobretudo nessa primeira postagem de 2009, única na voz daquela que é dona do blog e assina as postagens, não o “livro” Vampiros na internet – uma fábula para crianças índigo.

Hoje, contudo, resolvi inverter o jogo, ceder minha voz à minha grande amiga, irmã, orientadora intelectual e espiritual: Dinamara Garcia, para auxiliar na divulgação do primeiro livro de ficção que ela publica no Clube de Autores: Cosplay – um dandy em Rio Preto, que eu revisei. Ele pode ser comprado em http://clubedeautores.com.br/book/24621--COSPLAY

Escrito em 1991, quando a autora fazia o último ano de graduação em Letras, o livro é ambientado em São José do Rio Preto, cidade a 450 quilômetros da capital, no noroeste do Estado de São Paulo. O espaço paulista e interiorano é cenário para um protagonista anacrônico: um inglesinho chamado Glenn – sem sobrenome declarado –, leitor de Wilde e Pessoa, fã da banda inglesa The Smiths.

Ladrão de retratos que ganham vida no contato com ele, Glenn é uma personagem solitária e afetuosa, mergulhada no universo ficcional e poético dos autores que lê avidamente e com os quais dialoga. Ao ler, Glenn se transporta fisicamente para o espaço da narrativa ou transporta a narrativa para a casa dele, vivendo curiosos casos de amor em várias dimensões.

De curta extensão e final surpreendente, a obra é uma novela psicodélica, transfigurando a cidade de Rio Preto que se torna espaço mítico, onde se misturam a Londres de 1890 e a Lisboa de 1915, formando um caleidoscópio de imagens e sons com trilha musical dos Smiths, antecipando um fenômeno típico dos anos dois mil: o cosplay, a lúdica metamorfose fashion de adolescentes e jovens em personagens de livros, filmes, mangás, animes e comics.

Enquanto cursa, em 1991, o último ano da graduação em Letras, a autora transfigura São José do Rio Preto-SP, destacando as velhas ruas do bairro Boa Vista e outros cenários a partir da presença ambígua de um dandy que, por meio da fantasia, vive casos de amor com personagens de Oscar Wilde e Fernando Pessoa, ao som da banda britânica The Smiths, considerada a melhor do ano de 1987.

Antecipando o fenômeno dos anos 2010: o Cosplay, o livro é uma novela contemporânea, abordando com leveza quase infanto-juvenil a capacidade imaginativa do ser humano anônimo em suas relações com as diversas escolhas oferecidas pelo mundo. Glenn é o desconhecido que interpreta papéis sociais, afetivos e divertidos, guiado pelo vício estranho de roubar retratos e ler boa literatura.

Estudiosa de Semiótica, a autora é professora de Semiótica da Comunicação, Crítica da Mídia Jornalística/Publicitária e Moda Contemporânea.

Boa leitura!

Links das imagens:
Peacock_tail_by_meago:
http://meago.deviantart.com/art/Peacock-tail-169479033?q=1&qo=1
Dandy Mangá:
http://ysa.deviantart.com/art/Dandy-Knight-99793834?q=1&qo=1

3 comentários:

Anônimo disse...

Seu blog tem problemas sérios, a começar pela descrição do suposto objetivo dele. O modo como você fala dele aqui, faz com que pareça uma instituição sólida, como o “Correio Braziliense”, o “Jornal do Commércio” ou “O Jornal do Brasil”, veículos com muitas décadas de existência e não um blog . Cuidado com a magnanimidade com que trata seus próprios projetos e escritos. Um pouco de humildade, em qualquer área do pensamento, especialmente por parte de estudantes, é sempre bem-vinda.

Daniel Rodrigues disse...

Eu não "bato boca" com crianças, mas, por caridade e esperança nem apagarei os pueris comentários desse anônimo que nem "interpretar personagens" sabe.
Falo em nome da blogueira que ao receber relato - por minha voz - a respeito dos três comentários, se limitou a uma expressão entediada.

Anônimo disse...

CARO DANIEL, O SEU MODO DE ACHAR QUE QUE É PORTA VOZ, LIMITA-SE EM SER SUBORDINADO A ADVOGADO?
NÃO É ESTE O SEU PAPEL AQUI.